AR|T|E
quando o nosso ar é arte..... ...inspiramos e entramos em mundos paralelos
domingo, 22 de março de 2009
terça-feira, 2 de setembro de 2008
*
Depois de férias retemperadoras,
passadas em locais dispares e desconhecidos,
íntimos e secretos,
estava no momento,
os astros confirmavam a data.
Voando céus a fora,

trilhando os caminhos da terra,

elas foram chegando aos poucos, grão a grão,
e cada uma delas trazia o seu contributo tão próprio e pessoal.
*
A mais prendada e delicada trouxe o chá, os bolos e a compota de frutos

... mais selvagem e irreverente o bando dos seus pássaros cantores, para serenar o ambiente...


Vão, ajudem, façam o vosso trabalho de destruição e criação, e não olhem para trás.
Caminhem, executem, cumpram o destino traçado.....

aRte by : art & ghosts
quinta-feira, 19 de junho de 2008


arte in "le cool"
quarta-feira, 12 de setembro de 2007

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

quarta-feira, 1 de agosto de 2007
shocking... or maybe not!

A partir desse dia encheu-se de orgulho do "seu" mural, e desde essa altura o volume de negócio triplicou com as visitas sucessivas àquele canto e paragens no bar para refrescar a garganta.
terça-feira, 24 de julho de 2007
segunda-feira, 25 de junho de 2007
última ceia....


Fomos atacadas por todos os lados. A casa encheu-se num ápice de bananas voadoras, qual filme de Hitchcock. Não fossem as magnificas vassouras da loja do chinês das esquina, e a esta hora não estávamos cá para contar a história.
Achamos por bem esquecer as bananas fritas e ir preparar a maravilhosa lagosta vinda expressamente de Madagáscar.

As coisas não estavam a correr bem, e algo de muito estranho se estava a passar naquela casa, mas como se costuma dizer, que não há duas sem três, e á terceira é de vez, pensamos que tudo o que poderia acontecer de errado já teria acontecido.

Até hoje não sabemos o que poderá ter acontecido, quando fomos tirar os morangos das caixinhas, o celofane que as envolviam começou a crescer a crescer a crescer e a enrolar-se á volta dos nossos corpos. Na aflição de rasgarmos o plástico que nos apertava o corpo e nos sufocava, deixámos cair os morangos no chão e no fim da guerra contra o plástico, os morangos não eram senão uma grande papa no chão.
A cena era lastimável e a tristeza era muita, tínhamos agora o projecto quase todo arruinado, e sem nada para apresentar ao senhor capitão.
Olhamos para o nosso artístico menu e constatamos que só sobravam as sobremesas. Pensámos que se pelo menos conseguíssemos fazer a parte doce do menu não chegaríamos á ceia sem nada nas mãos, que seria melhor que nada.
E lá resolvemos fazer os doces.
As farófias de framboesa correram lindamente, depois de prontas estavam lindas e de sabor divinal.
Colocámos-as em grandes tabuleiro, e a sua visão era de facto uma maravilha, ficámos a apreciar a nossa primeira obra de arte culinária bem sucedida.
Mas quanto mais olhávamos, mais as farófias cresciam. Estranho acontecimento. Fomos verificar os ingredientes utilizados para confirmar se, por engano não teríamos usado uma farinha com fermento extra especial, mas a farinha não fazia parte da receita.

Quando voltámos a olhar para as ditas, elas tinham ganho uma proporção assustadora e saiam dos tabuleiros onde as tínhamos colocado. Rapidamente lançaram-se em nossa perseguição.
Corremos para fora de casa a toda a velocidade. Foram tempos infinitos na correria da fuga, e quando demos por nós estávamos em pleno campo e perto do mar. Pensamos que a única solução de fuga seria o mar. E assim o fizemos, entramos na água rapidamente, e de facto as farófias em contacto com a água, dissolveram-se.
Em face do perigo corrido entrámos completamente em choque, não fora o mar a salvar-nos e teríamos morrido, teria sido uma morte doce, mas prematura, ainda tínhamos muitos anos de arte pela frente.
Fomos para casa combalidas e desanimadas, pingando da cabeça aos pés.
Tínhamos pacotes e pacotes de oreos na na cozinha, para o doce final, mas com a correria toda e a energia despendida, deu-nos uma fome brutal e atacámos os oreos sem apelo nem agravo.
E fomos comendo e comendo.

Comemos tanto, que depois não nos conseguimos mexer mais, estávamos atoladas de doces, e de repente conseguimos entender a vontade compulsiva do bulimicos de provocar o vómito.

Cruzámos os braços, estávamos literalmente derreadas, sem forças para nada, atacadas por todos os ingredientes da última ceia, com a cozinha virada do avesso, com vestígios de comida por todos os cantos, sucumbimos. Nada mais havia a fazer.
quinta-feira, 21 de junho de 2007
a história de candice...
candice unleashes her demons

candice mimics shiva, lord of dance





candice in front of the statue

candice learns zen


candice in a kimono
eternal stillness
candice soothes the lost souls
ARTE by DAVID HO
segunda-feira, 11 de junho de 2007
murder with a smell of cinnamon
A primeira recordação que tem é do cheiro a canela. Cheiro de festa, cheiro de casa cheia de gente.
A segunda recordação que tem, é dos tempos infinitos em que brincava nos jardins da casa, sozinha, com suas bonecas, terra e plantas.
Passadas uma horas ele saiu. Ela entrou no hotel á socapa. Rodou a porta do quarto, e surpreendentemente estava aberta. Entrou. E lá estava ela, a outra, a cabra. De cabelos loiros espalhados na almofada, quase tão loiros como os dele. Estendia-se nua pelos lençóis de cetim beije.


Virou-se e não olhou mais para trás.
Enrolou a pistola numa encharpe que estava caída no chão do quarto,
e abandonou-a num caixote do lixo perto do hotel.
Ela, que tinha voltado discretamente para o colégio,
fez-se de admirada e chocada.
A investigação criminal demorou meses a fio.
Todas as pessoas relacionadas com ele foram interrogadas,
incluindo ela.
Ele estava de rastos,
perdera a mulher da sua vida e era suspeito da sua morte.
Procurava apoio e carinho na sua amiga de sempre,
ela com uma calma suave recebia-o de braços abertos.
As investigações concluíram que teria sido ela,
a homicida.
Ela estava descansada,
sabia que eles não tinham como provar a sua ligação com o
homicídio.
Fez-se de vitima injustiçada, e teatralmente jurou dizer a verdade.
Foi interrogada pelo Juiz e pelos advogados.
Foi feita a reconstituição do dia em questão.
E três testemunhas afirmaram que ela teria ido para o quarto
estudar e não teria voltado a sair até ao dia seguinte.
Tudo parecia a estar a correr como o previsto.
No meio das testemunhas da acusação,
surge o testemunho de uma estranho cheiro de canela,
no quarto onde teria ocorrido o crime.
Os empregados dela,
que se encontravam na audiência,
comentaram de imediato que só podia ser o perfume dela.
O perfume de aroma a canela, que ela tanto pedira,
e que foi mandado fazer em Paris, só para ela, nunca tendo sido
vendido a qualquer outra pessoa.
O Advogado da acusação ouviu o comentário,
e tudo mudou.
Finalmente o Juiz deu o veredicto. Culpada.
Enquanto as palavras eram ditas muito ao longe, chegando aos seu
ouvidos distorcidas, olhava para ele.
Tinha achado que a sua vida acabara quando soubera do casamento
dele,
mas pior do que essa morte sentida,
foi sentir o olhar de desilusão dele.
Renegou-a com olha a partir daquele momento,
e não mais voltou a ver o seu olhar.
Ela morreu mais uma vez, entregou-se ao desespero.
Chorou lágrimas de dor, o sal tapava-lhe os poros da cara.
Jamais o mundo voltaria a ser o mesmo...
*** arte: fotografias de E.Recuenco, um dos melhores fotógrafos espanhóis da actualidade, o encenador da fotografia***