AR|T|E

quando o nosso ar é arte..... ...inspiramos e entramos em mundos paralelos

domingo, 22 de março de 2009

é urgente apaixonar-me por algum artista,
senão este blog vai por água abaixo,
algumas sugestões?

terça-feira, 2 de setembro de 2008

*
Depois de férias retemperadoras,


passadas em locais dispares e desconhecidos,

íntimos e secretos,
elas foram chamadas.

Pelo cantar sereno do pardal a noticia foi entregue.



Era altura,

estava no momento,

os astros confirmavam a data.

Voando céus a fora,





cavalgando as ondas rebeldes,


trilhando os caminhos da terra,



elas foram chegando aos poucos, grão a grão,

e cada uma delas trazia o seu contributo tão próprio e pessoal.

*

A mais prendada e delicada trouxe o chá, os bolos e a compota de frutos


... mais selvagem e irreverente o bando dos seus pássaros cantores, para serenar o ambiente...

....e assim se juntaram para a fatídica comunicação a fazer pela porta - voz.
Quando todas estavam reunidas e confortávelmemte sentadas ela, a anciã das penas mais velhas, chegou, poisou, sorriu, acenou, e disse:
- é hora, esta na hora.

- o mundo está no ponto de caos pretendido para resultar na mudança planeada, está na altura de encarnarem e levarem ao mundo e aos homens os vossos presentes e a vossa ajuda, está na hora da grande mudança, está na hora do Apocalipse antes do renascimento.
Vão, ajudem, façam o vosso trabalho de destruição e criação, e não olhem para trás.
Caminhem, executem, cumpram o destino traçado.....




e assim partiram para mais uma missão no plano terreno.....
aRte by : art & ghosts

quinta-feira, 19 de junho de 2008


De repente, deram-me as saudades e voltei!
E descobri,
para minha grande surpresa,
que não era a única com tal sentimento...
we are not dommed!
seja!
voltarei!
prometido e selado!
arte by....James Joyce




Nestas calçadas me perco e nestas calçadas me encontro..


cruzo as esquinas desta cidade procurando-me


encontro reflexos de partículas minhas no espelho rio que me persegue


caminho ao som das notas de Lisboa que se soltam de gargantas sofredores


descubro caminhos, vielas e travessas a cada instante da existência


Noites de embalos suaves e risadas estridentes


dias de alvoroço cansado e suor salgado


E em todas as esquinas os raios de luz me encontram


em todas as esquinas reencontro o rio, reflexo da minha alma


Nesta cidade me perco, nesta cidade me encontro, em todos os segundos da minha vida....




arte in "le cool"

quarta-feira, 12 de setembro de 2007



considerando que, o homem é um animal


considerando que, o homem é o animal mais mortífero do planeta


considerando que, o homem é o único animal que mata os da sua própria espécie


considerando que, apesar disto tudo o homem raciocina, pensa e tem emoções


considerando que, o homem tem em "cima" milhares de anos de evolução


considerando que, o homem já passou por muito sofrimento nas milhares de guerras que provocou, instigou e participou...



será que há menos guerras agora do que antes?


será que algum dia vai deixar de guerrear?


será que algum dia vai deixar de ter instintos de morte


será que algum dia vai resolver as suas diferenças só na base do diálogo?


será que há esperança?



ARTE by Carla Gannis


segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Ainda a banhos,

vimos aqui ao nosso espacinho,

de sorriso rasgado

e orgulho no peito

agradecer a honra que nos foi dispensada pelo Triliti star (http://qsarilho.blogspot.com/)

Muito nos honra com este prémio,

Um milhão de Obrigados!

Agora, e segundo o que percebemos,
vamos ter que premiar 5 blogs com o mesmo prémio,
e esta sim, vai ser uma tarefa difícil!
A maioria dos blogs de que somos fãs
e no quais estamos viciadas,
já foram premiados...
Enfim...
Esperando não cometer nenhuma injustiça
aqui fica a lista dos premiados pelo ARtE
.....fica um prémio por atribuir
estamos num dilema,
quando decidirmos,
postamos!
art by : Jean Marie Boomputte

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

shocking... or maybe not!

Assim é Banksy, um dos artistas plásticos da U.K., mais conhecidos dos tempos correntes, mas que ao mesmo tempo é um perfeito desconhecido, ninguém sabe o seu nome verdadeiro.

Um belo dia, um típico dono de bar british, vai andando calmamente na rua, em direcção ao seu bar, quando dá de caras com este graffiti numa das paredes exteriores da sua propriedade.
Ficou furioso, escandalizado, uma grande pintura de dois homens policias a beijarem-se na boca, foi demais para ele.
Tratou de arranjar quem lhe limpasse ou pintasse a parede, que aquilo era uma vergonha sem tamanho!
Passado uns tempos quando soube de quem era tal graffiti, a história mudou de figura, e disse aos operários que tinha contratado, stopppppppppp!
A partir desse dia encheu-se de orgulho do "seu" mural, e desde essa altura o volume de negócio triplicou com as visitas sucessivas àquele canto e paragens no bar para refrescar a garganta.
Nada que Banksy faz é isento e não intencional.



Tudo tem uma mensagem bem directa e explicita.




A intenção é clara, despertar, alertar, chocar e mexer com as pessoas.



Tudo nele tem uma consciência politica e social.

Mas no meio da dureza do seu sentir,
o humor acutilante é, sem dúvida, dos melhores já vistos.
Aconselha-se o conhecimento da obra deste ilustre desconhecido.


terça-feira, 24 de julho de 2007

(imagem de jay fontano)

Nopes,

nem nós estamos velhas

nem despidas

muito menos sem inspiração.

Falta,

o tempo

e a ferramenta,

o belo do portátil.

Quando isto estiver resolvido,

muito há para postar,

e bem intenso.

Para breve...

segunda-feira, 25 de junho de 2007

última ceia....

Aceitámos o desafio do capitão haddock, e pusemos toda a nossa arte, espírito e empenho na concretização do nosso projecto culinário.

Pesquisámos, andámos perdidas na cidade e no campo a inspirarmos odores, cores e sabores, e chegamos a uma ementa verdadeiramente artística, saborosa e original.

Assim, e sem mais demoras, passamos a apresentar a nossa maravilhosa, e bonita última ceia.

*

Entrada

*Bruscheta com mozzarella de búfala,

tomate cerise,

manjericão

e azeite de trufas,

e pão de mistura alentejano.


Prato de peixe

*Lagosta gratinada com bananas fritas


Prato de carne

* Picanha grelhada

em cama de legumes cozidos ao vapor

com molho de morango


Doces

*Farófias de groselha em paus de canela

*Doce guloso de oreos de chocolate negro,

natas

e leite condensado


Bebidas

* Granizado de champagne

* Sangria branca e frutos silvestres

* Mojitos com menta marroquina

*

E foi esta a ementa elaborada para tão ilustre concurso, cujas linhas mestra foram a slow food e fusion com muita arte.

Depois de tudo planeado ao pormenor, ingredientes comprados País a fora, e nas melhores lojas gourmet, fomos para a cozinha....



Ligámos a torradeira para torrar as fatias de pão alentejano, preparando assim a caminha da bruscheta antes de ir ao forno. E a torradeira explodiu deitando faíscas por todos os cantos da cozinha. Um perigo, íamos morrendo electrocutadas.

Sem a ferramenta principal para a elaboração da nossa entrada, e sendo domingo, estando todas as lojas fechadas para comprar uma torradeira nova, avançámos para o prato de peixe deixando a entrada para depois.

Fomos ao cesto onde se encontravam as deliciosas bananas importadas da América do Sul, as melhores para fritar, qual não foi o nosso espanto quando constatamos que as mesmas tinham ganho vida.




Fomos atacadas por todos os lados. A casa encheu-se num ápice de bananas voadoras, qual filme de Hitchcock. Não fossem as magnificas vassouras da loja do chinês das esquina, e a esta hora não estávamos cá para contar a história.

Achamos por bem esquecer as bananas fritas e ir preparar a maravilhosa lagosta vinda expressamente de Madagáscar.


Abrimos o frigorífico e de imediato a maldita lagosta estendeu os seus braços e agarrou-nos pelo pescoço, foi um sufoco. Não fosse o maravilhoso gato da casa e tínhamos morrido ali sufocadas. O valente felino mandou-se ao malévolo crustáceo de unhas e dentes e deu cabo dele.
No entanto não sobrou nem um pedacinho da branca carne da lagosta, o gato come-a toda e lambeu os bigodes com tamanho repasto.
As coisas não estavam a correr bem, e algo de muito estranho se estava a passar naquela casa, mas como se costuma dizer, que não há duas sem três, e á terceira é de vez, pensamos que tudo o que poderia acontecer de errado já teria acontecido.
O melhor seria prosseguir com os pratos que nos faltavam. Pusemos então a picanha já temperada a grelhar, os vegetais a cozer e fomos buscar os delicados morangos para fazer o divinal molho que ia acompanhar a carne.


Até hoje não sabemos o que poderá ter acontecido, quando fomos tirar os morangos das caixinhas, o celofane que as envolviam começou a crescer a crescer a crescer e a enrolar-se á volta dos nossos corpos. Na aflição de rasgarmos o plástico que nos apertava o corpo e nos sufocava, deixámos cair os morangos no chão e no fim da guerra contra o plástico, os morangos não eram senão uma grande papa no chão.
A cena era lastimável e a tristeza era muita, tínhamos agora o projecto quase todo arruinado, e sem nada para apresentar ao senhor capitão.
Olhamos para o nosso artístico menu e constatamos que só sobravam as sobremesas. Pensámos que se pelo menos conseguíssemos fazer a parte doce do menu não chegaríamos á ceia sem nada nas mãos, que seria melhor que nada.
E lá resolvemos fazer os doces.
As farófias de framboesa correram lindamente, depois de prontas estavam lindas e de sabor divinal.
Colocámos-as em grandes tabuleiro, e a sua visão era de facto uma maravilha, ficámos a apreciar a nossa primeira obra de arte culinária bem sucedida.
Mas quanto mais olhávamos, mais as farófias cresciam. Estranho acontecimento. Fomos verificar os ingredientes utilizados para confirmar se, por engano não teríamos usado uma farinha com fermento extra especial, mas a farinha não fazia parte da receita.


Quando voltámos a olhar para as ditas, elas tinham ganho uma proporção assustadora e saiam dos tabuleiros onde as tínhamos colocado. Rapidamente lançaram-se em nossa perseguição.
Corremos para fora de casa a toda a velocidade. Foram tempos infinitos na correria da fuga, e quando demos por nós estávamos em pleno campo e perto do mar. Pensamos que a única solução de fuga seria o mar. E assim o fizemos, entramos na água rapidamente, e de facto as farófias em contacto com a água, dissolveram-se.
Em face do perigo corrido entrámos completamente em choque, não fora o mar a salvar-nos e teríamos morrido, teria sido uma morte doce, mas prematura, ainda tínhamos muitos anos de arte pela frente.
Fomos para casa combalidas e desanimadas, pingando da cabeça aos pés.
Tínhamos pacotes e pacotes de oreos na na cozinha, para o doce final, mas com a correria toda e a energia despendida, deu-nos uma fome brutal e atacámos os oreos sem apelo nem agravo.
E fomos comendo e comendo.


Comemos tanto, que depois não nos conseguimos mexer mais, estávamos atoladas de doces, e de repente conseguimos entender a vontade compulsiva do bulimicos de provocar o vómito.



Cruzámos os braços, estávamos literalmente derreadas, sem forças para nada, atacadas por todos os ingredientes da última ceia, com a cozinha virada do avesso, com vestígios de comida por todos os cantos, sucumbimos. Nada mais havia a fazer.

Retirámos-nos para a piscina no fundo do jardim, com as almas angustiadas e os corpos destruídos.
Pedimos as nossas mais humildes desculpas ao senhor capitão do insucesso da maratona da ceia artística, mas temos sérias razões que nos foi rogada uma praga potente, nunca tínhamos presenciado tais acontecimentos, nem em filmes de terror nem em novelas mexicanas.
A vontade era muita, o empenho maior e a intenção a melhor, mas fomos derrotadas, e humildemente aceitamos a nossa derrota.
Oferecemos a ementa elaborada a quem a quiser executar, desejando a melhor das sorte.
E já agora, se alguém souber de algum padre poderoso que nos possa vir benzer a casa e expulsar estas feitiçarias contra nós enviadas, agradecíamos.
*
ARTE by Daniela Edburg

quinta-feira, 21 de junho de 2007

a história de candice...

A história de uma menina que morreu antes do seu tempo e transforma-se num fantasma, numa alma perdida vagueando pelo mundo.

O seu desejo de voltar a ser humana leva-a a olhar para os seres humanos com inveja e raiva, e estabelece com eles uma relação de amor/ódio. No decorrer do tempo, e atravéz da filosofia oriental, candice aprende a controlar os seus demónios interiores, conquistando a sua paz interior e ajudando a humanidade.
*

the unfelfielled wish




candice controls her desires


candice unleashes her demons




candice hides inside herself



candice mimics shiva, lord of dance


candice behind a rock

candice wishes she were Bodhisattva


candice battles evil spirits





candice makes a wish




candice shows her bones




candice holding a tree branch


candice in front of the statue

candice learns zen




candice and the hannya mask



candice misses her life



candice sees herself



candice in a kimono


eternal stillness



candice soothes the lost souls

ARTE by DAVID HO

segunda-feira, 11 de junho de 2007

murder with a smell of cinnamon

Todos os anos no dia do seu aniversário a mãe repetia-lhe a história do dia do seu nascimento.
Num dia de sol radioso, os trovoes romperam os céus, e ela nasceu.
Nasceu de olhos abertos, e só os fechou para descansar muitas horas depois.

A primeira recordação que tem é do cheiro a canela. Cheiro de festa, cheiro de casa cheia de gente.
A segunda recordação que tem, é dos tempos infinitos em que brincava nos jardins da casa, sozinha, com suas bonecas, terra e plantas.

Sempre sozinha. Só conhecia adultos, a família e os empregados. Brincava sozinha, comia sozinha, adormecia sozinha, sempre sozinha. Os pais raramente estavam em casa, e aquele era o seu mundo, só dela.
Fazendo escavações na terra para encontrar minhocas para os pássaros, olhou para cima e viu um anjo.
A sua cabeça irradiava luz, e os cabelos eram tão loiros que quase eram brancos.
Ela perguntou-lhe....
- que anjo és? o que queres de mim?
E ele respondeu-lhe...
- não sou anjo nenhum! sou Sebastian e sou filho de Michal, amigo do teu pai. Mudámos-nos para a vizinhança á pouco, e como aqui não há ninguém disseram-me que podia vir brincar contigo, posso?
Ela arregalou os olhos e disse-lhe...
- brincar comigo? como? há brincadeiras para mais que uma pessoa?
Desde a aparição que se tinham tornado inseparáveis, faziam tudo juntos, pensavam da mesma maneira e queriam as mesmas coisas.
Cresceram num mundo só deles, e que ela pensava que iria durar para sempre.
Quando ele fez 10 anos foi mandado para um colégio interno, e ela seguiu-lhe o caminho um ano a seguir.
Viam-se sempre que podiam. As cartas eram diárias. Nas férias voltavam á vida que sempre tinham conhecido e que haviam jurar eternizar.
Entraram na universidade, e no último ano, quando ela pensava em casamento, ele começou a reduzir o número das cartas.
Um dia contaram-lhe, ele tinha-se apaixonado por uma loira espampanante, de origem sueca.
Tinha saído das aulas um dia ao fim da tarde, pegara na loira Ula e tinha-se casado.
Ela achou que ia acordar a qualquer segundo, que o pesadelo já durava há minutos a mais.
Mas nada daquilo desaparecia. O improvável, o nunca imaginado, o nunca previsto tinha acontecido. Ele esquecera-se dela. A raiva invadiu-lhe o cérebro, e a imagem da pistola que ele guardava no seu quarto da quinta, vinha-lhe á cabeça cada vez mais nitidamente.
A vida dela tinha acabado naquele momento, a ele iria acontecer o mesmo.
Soube que o casal tinha ido para Londres, e depois de um desvio pela quinta dele, foi correndo os hotéis da cidade até os encontrar. Vi-o sair do hotel para comprar cigarros e voltar.
Segui-o. Anotou o número do quarto de hotel, foi para a rua e esperou que saísse de novo.
Passadas uma horas ele saiu. Ela entrou no hotel á socapa. Rodou a porta do quarto, e surpreendentemente estava aberta. Entrou. E lá estava ela, a outra, a cabra. De cabelos loiros espalhados na almofada, quase tão loiros como os dele. Estendia-se nua pelos lençóis de cetim beije.
Olhou-a e tentou perceber o porquê, porque teria sido que ele se tinha apaixonado perdidamente por aquela mulher. O porquê e a falta de resposta tirava-lhe o ar e a razão.
Abriu a mala, e tirou a pistola.


As mãos tremiam-lhe, com as duas fez pontaria.
A raiva era maior que o medo, e disparou sem remorsos.

Virou-se e não olhou mais para trás.

Enrolou a pistola numa encharpe que estava caída no chão do quarto,

e abandonou-a num caixote do lixo perto do hotel.

Foram escandalosas, as noticias saídas nos jornais no dia seguinte.

Ela, que tinha voltado discretamente para o colégio,

fez-se de admirada e chocada.

A investigação criminal demorou meses a fio.

Todas as pessoas relacionadas com ele foram interrogadas,

incluindo ela.

Ele estava de rastos,

perdera a mulher da sua vida e era suspeito da sua morte.

Procurava apoio e carinho na sua amiga de sempre,

ela com uma calma suave recebia-o de braços abertos.

As investigações concluíram que teria sido ela,

a homicida.

Ela estava descansada,

sabia que eles não tinham como provar a sua ligação com o

homicídio.

Fez-se de vitima injustiçada, e teatralmente jurou dizer a verdade.

Foi interrogada pelo Juiz e pelos advogados.

Foi feita a reconstituição do dia em questão.

E três testemunhas afirmaram que ela teria ido para o quarto

estudar e não teria voltado a sair até ao dia seguinte.

Tudo parecia a estar a correr como o previsto.

No meio das testemunhas da acusação,

surge o testemunho de uma estranho cheiro de canela,

no quarto onde teria ocorrido o crime.

Os empregados dela,

que se encontravam na audiência,

comentaram de imediato que só podia ser o perfume dela.

O perfume de aroma a canela, que ela tanto pedira,

e que foi mandado fazer em Paris, só para ela, nunca tendo sido

vendido a qualquer outra pessoa.

O Advogado da acusação ouviu o comentário,

e tudo mudou.

Finalmente o Juiz deu o veredicto. Culpada.

Enquanto as palavras eram ditas muito ao longe, chegando aos seu

ouvidos distorcidas, olhava para ele.

Tinha achado que a sua vida acabara quando soubera do casamento

dele,

mas pior do que essa morte sentida,

foi sentir o olhar de desilusão dele.

Renegou-a com olha a partir daquele momento,

e não mais voltou a ver o seu olhar.

Ela morreu mais uma vez, entregou-se ao desespero.

Chorou lágrimas de dor, o sal tapava-lhe os poros da cara.

Jamais o mundo voltaria a ser o mesmo...

*** arte: fotografias de E.Recuenco, um dos melhores fotógrafos espanhóis da actualidade, o encenador da fotografia***

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